“Qualquer reforma que parta para dentro do Judiciário tem que sair também do Judiciário. Ele não pode fazer uma reforma do Executivo sem essa iniciativa do Judiciário, isso seria, inclusive, inconstitucional”, destacou Renata Gil

 

O Estadão veiculou, nesta sexta-feira (07), entrevista com a presidente da AMB, Renata Gil, que criticou a proposta de reforma do Judiciário sugerida pelo ex-ministro Sérgio Moro (Podemos), pré-candidato à presidência da república.

Renata Gil ressaltou que com a vinda do CNJ, toda reforma que se pretenda fazer no Judiciário deve passar também pelo Conselho Nacional de Justiça. Segundo ela, é preciso ouvir o presidente do Supremo Tribunal Federal, que também preside o Conselho.

“Qualquer reforma que parta para dentro do Judiciário tem que sair também do Judiciário. Ele não pode fazer uma reforma como representante do Executivo sem essa iniciativa do Judiciário, isso seria, inclusive, inconstitucional. O debate sobre o Poder Judiciário tem que acontecer dentro do Judiciário e não fora dele”, enfatizou.

Durante a entrevista, a presidente da AMB também avaliou que este não é o melhor momento para propor uma reforma, tanto pelos ataques recentes ao Judiciário quanto pela proximidade das eleições.

“O nosso momento agora é de consolidar essa independência constitucional, essa autonomia do Judiciário brasileiro, que tem se apresentado como a última porta mesmo da cidadania. Além do número de decisões pandemia, o Judiciário tem atuado nas questões mais sofridas da população, vacinas, operações policiais”, destacou.

Na conversa com o Estadão, Renata Gil disse ainda que as declarações de Sérgio Moro sobre o tema são amplas e que falta esclarecer o teor de uma eventual reforma.

Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.


 

Carlos Ribeiro (Ascom)

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